O mundo hoje quer de nós um
contraveneno, e esse antídoto infalível pelo qual o mundo aguarda agora nada
mais é do que à Arte. À luz que o conhecimento nos traz à mente é a mais
profunda maneira que o homem tem para se comunicar com Deus, para compreendê-lo
e compreender-se.
Nós que temos nas mãos as ferramentas capazes de
consertar valores caídos de uma sociedade injusta; nós que temos as asas da juventude
e não nos colocamos na nossa devida posição de voo, antes temos torturado nosso
espírito com as chagas do mundo; nós que temos revelado ao mundo a miséria de
uma poesia morta, sem arte, sem beleza, como ponte de uma imortalidade
acadêmica, devemos saber usar nossas armas, porque enquanto a massa não
despertar para um proveitoso conhecimento, as nossas mais nobres composições
não passarão de obras supérfluas, ignoradas. Vaidade das vaidades, tudo é
vaidade!... Há no mundo um terrível
cancro que lhe corroí e simplifica numa “coisa globalizada”, completamente
entregue, como numa febre, a uma alienação sem precedentes, a um consumismo
insuportável, a uma ânsia de produzir e consumir sem nenhum escrúpulo ou
cuidado com o planeta. Mas de nada adianta a nossa cosmovisão... Se não houver
contágio. À Arte como elixir.
Carlos Conrado
Supremo Chanceler
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